Quem sabe o mundo,
No seu intrépido gemido,
Ouça no silêncio
A voz de Deus;
Quem sabe a paz,
Com seu amor absoluto,
Perdoe a dor do filho morto
Que a mãe carrega nos braços seus;
Quem sabe o poeta,
Ao arrancar a lágrima do poema,
Expurgue a mágoa
Do amor que se perdeu;
Quem sabe, meu Deus, quem sabe
O mundo de uma vez entenda
Que a dor não passa da consequência
De uma lição que não se aprendeu.
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